Comunicado aos Amigos Navegantes

e a todos os amigos de Portugal e do Brasil


Fazendo a travessia do Atlântico, como quem faz uma ponte entre Cubatão e Aveiro, Brasil-Portugal, partiu no dia 08 de Outubro de 2011 o Veleiro Triunfo II.

É a viagem dos sonhos do Professor João Jorge Peralta, que veio de Aveiro (Vagos), em 1956, embarcando em Lisboa pelo Navio Santa Maria.

Neste ano comemorou 55 anos de Brasil.

Após muitas e frequentes viagens à terra natal, João quis fazer uma aventura rara: Voltar ao seu País num Veleiro de sua propriedade.

Vai acompanhado de amigos, companheiros de jornada.

Neste momento estão no mar, na Costa do Brasil, rumo a Salvador.

Neste espaço, o Professor João irá fazer o seu Diário de Bordo, seu Diário de Viagem, em terra e mar.

Aqui lhe desejamos boa viagem, bons encontros e bom retorno....

Para comemorar a partida e todas as partidas e todas as chegadas aí vai a Marcha, "Estrelas e Listras para Sempre", (The Stars and Stripes Forever). João Felipe Sousa (John Philip Sousa) é o compositor desta magnífica marcha e o mais célebre compositor de marchas do mundo. Americano, filho de pai Português - Açoreano. Esta marcha, "Estrelas e Listras" foi tocada no Navio Santa Maria quando João passou a Linha do Equador, na primeira viagem para o Brasil. Esta é uma homenagem ao Professor João e uma cara lembrança. Fica na coluna ao lado para que a toque em momentos adequados...


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O Projeto - Sinopse

Projeto - ROTEIRO DE UM HERÓI  (Sinopse)
Martim Soares Moreno
Pelos 400 anos da fundação de Fortaleza, o Roteiro de um Herói pretende percorrer a bordo de um veleiro os mesmos espaços da vida de Martim Soares Moreno, uma vida dedicada à construção e unidade do Brasil, figura exponencial da nossa História do século 17, Patrono da 10ª Região Militar do Brasil. Nascido em Santiago do Cacém (Portugal) em 1586, veio para Pernambuco com 17 anos, para participar na bandeira do açoriano Pero Coelho de Sousa, que largou de Pernambuco em 1603 com 65 soldados e 200 índios, com o objetivo de expulsar os franceses do Ceará e do Maranhão. A ação militar teve pouco sucesso, pois não passou além da serra de Ibiapaba e terminou em desastre, salvando-se apenas alguns dos participantes, que se refugiaram, após três anos de campanha, no forte dos Reis Magos no Rio Grande do Norte, limite do território brasileiro até então controlado pelos portugueses. Um dos que se salvaram da fúria dos indígenas e do flagelo da seca foi Martim Soares Moreno, que regressou a Pernambuco.
No rasto da empreitada do açoriano vieram os dois primeiros jesuítas que se aventuraram pelo Ceará até à serra de Ibiapaba em 1607, determinados a instalar missões até ao Maranhão, onde os franceses eram a cada ano mais numerosos. Mas a ação dos jesuítas também não teve sucesso, pois um deles, o padre Francisco Pinto, foi morto pelos índios e o seu companheiro, o padre Luís Figueira, regressou a Pernambuco no ano seguinte. No final de 1611 Martim Soares Moreno encontrava-se de novo no Ceará, com a missão de construir um forte que prestasse apoio aos colonos e aos missionários, obra iniciada em Janeiro do ano seguinte, o Forte de São Sebastião, em volta do qual cresceria a cidade de Fortaleza. Nesse mesmo ano os franceses, que frequentavam regularmente as terras do Ceará e Maranhão desde 1580, fundaram a cidade de São Luís, destinada a ser a capital da França Equinocial.
A partir de 1613 Martim Soares Moreno teve como missão dar luta, por terra e por mar, aos franceses e expulsá-los do Ceará e Maranhão; mas uma tempestade fê-lo arribar às Antilhas e no ano seguinte encontrava-se em Sevilha a recrutar soldados com os quais se juntou, em 1615, à campanha de Jerónimo de Albuquerque e Alexandre Moura, ação que culminou com a tomada de São Luís aos franceses. Em 1619 era nomeado capitão-mor do Ceará e em 1631 lutou contra os holandeses em Pernambuco, depois na Paraíba e de novo em Pernambuco em 1645. Dedicou 45 anos da sua vida de combatente à causa da libertação do Brasil, foi ferido no rosto e perdeu uma das mãos em combate, nas diversas refregas com invasores e corsários. Regressou a Portugal em 1648, aos 62 anos, onde veio a falecer.
A viagem do veleiro Triunfo passará por Recife, Natal, Fortaleza, São Luiz do Maranhão, Açores, Sevilha e Sines, cobrindo assim os espaços da vida de um dos grandes heróis da unidade da nação brasileira e da implantação da cultura luso-brasileira, no tempo da monarquia espanhola, que teve um papel preponderante na defesa da legitimidade do domínio português pelo nordeste e norte do Brasil. A epopeia de Martim Soares Moreno teve continuidade nas jornadas de soldados e bandeirantes que contribuíram para delimitar o território brasileiro, como Pedro Teixeira, Raposo Tavares e tantos outros. Ele é um dos muitos heróis esquecidos que pretendemos dar a conhecer. A saga de Moreno foi enaltecida no célebre romance de José de Alencar, Iracema, uma das obras literárias mais importantes da literatura luso-brasileira.
A travessia terá um sitio na NET, através do qual os internautas poderão seguir o dia a dia da nossa rota e no final da viagem será publicado o Diário de Bordo e editada uma curta metragem com as imagens do roteiro. A largada de Pernambuco está prevista para meados de Setembro e a de Fortaleza para finais do mesmo mês, afim de fazermos escala nos Açores em final do mês e início de Outubro, para uma chegada a Sevilha na segunda quinzena de outubro ou início de novembro e a Sines no final de Novembro.
Antônio de Abreu Freire                                                                                                        João Jorge Peralta

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