Comunicado aos Amigos Navegantes

e a todos os amigos de Portugal e do Brasil


Fazendo a travessia do Atlântico, como quem faz uma ponte entre Cubatão e Aveiro, Brasil-Portugal, partiu no dia 08 de Outubro de 2011 o Veleiro Triunfo II.

É a viagem dos sonhos do Professor João Jorge Peralta, que veio de Aveiro (Vagos), em 1956, embarcando em Lisboa pelo Navio Santa Maria.

Neste ano comemorou 55 anos de Brasil.

Após muitas e frequentes viagens à terra natal, João quis fazer uma aventura rara: Voltar ao seu País num Veleiro de sua propriedade.

Vai acompanhado de amigos, companheiros de jornada.

Neste momento estão no mar, na Costa do Brasil, rumo a Salvador.

Neste espaço, o Professor João irá fazer o seu Diário de Bordo, seu Diário de Viagem, em terra e mar.

Aqui lhe desejamos boa viagem, bons encontros e bom retorno....

Para comemorar a partida e todas as partidas e todas as chegadas aí vai a Marcha, "Estrelas e Listras para Sempre", (The Stars and Stripes Forever). João Felipe Sousa (John Philip Sousa) é o compositor desta magnífica marcha e o mais célebre compositor de marchas do mundo. Americano, filho de pai Português - Açoreano. Esta marcha, "Estrelas e Listras" foi tocada no Navio Santa Maria quando João passou a Linha do Equador, na primeira viagem para o Brasil. Esta é uma homenagem ao Professor João e uma cara lembrança. Fica na coluna ao lado para que a toque em momentos adequados...


quinta-feira, 19 de maio de 2011

POEMA 2 MEU BARCO SOU EU

MEU BARCO SOU EU
                José Jorge Peralta
-1-
VIVER É NAVEGAR

Lá vai o meu barquinho,
singrando as águas do mar,
Vai descobrir novos mundos
e a vida exaltar.

Meu barquinho apressado,
esbelto e altaneiro,
vai ligeiro sem parar
para o alto mar.
Vai seu destino procurar.

Vai, barquinho, vai!
olha que é covardia
no porto ancorado ficar
a não ser para as forças retemperar.

Pois que teu destino é o mar alto,
da praia terás de te afastar.
Então vai.
Vai as ondas e o perigo enfrentar,
para a vida viver
e a glórias merecidas conquistar.
Maior risco é parar. Vai!
Vai o perigo desafiar!
Vai cumprir o teu destino
e pela sobrevivência lutar.
Um peixe bom
poderás pescar,
aventuras mil experimentar
e muita experiência adquirir.
Vai novos espaços procurar.
Vai em busca do social bem-estar.

Viver é navegar.
A vida é um barco
sempre a zarpar...

Velas abertas ao vento,
o barquinho vai...
Vai fazer a vida sorrir
e o mundo se alegrar.
Vai anunciar o porvir.

-2-
VIVER É ARRISCAR-SE

E o meu barquinho vai...
vai a vida descobrindo...

Frágil, esbelto, ligeiro
vai meu barquinho,
pelo mundo afora
pelas águas do mundo inteiro.

Vai pelo mar revolto,
sem medo nem temor.
Mas não vás nas ondas sossobrar.
Olha que o mar é cativante
mas traiçoeiro...
Pode te surpreender e... tropeçar.

Mar é sempre mar...
É espaço para com cuidado desfrutar.
Aos incautos pode tragar,
e em tragédia seus dias encerrar..

O mar é uma escola...
É um livro aberto.
Muito pode ensinar
a quem suas lições
Souber tomar!

Alegre como cabrito solto,
vai, barquinho inteligente,
vai, seguro e competente,
singrando o mar infinito.

O meu barco navegando vai...
Vai navegando
no dorso do mar
qual gazela no pinheiral.
No porto não é o seu lugar.
O mar é o teu lar.

-3-

MEU DESTINO


O meu barco sou eu.
Meu destino é navegar
para a vida celebrar.
Pouco importa onde vou ter...
Só sei onde quero chegar.
Braços firmes ao leme,
lá vou eu
a tempestade e a bonança enfrentar.
Minha sina vou cumprir.

Se o vento não sopra,
pego o remo
e vou remando sem vacilar.
É preciso prosseguir
se ao meu destino quiser chegar.

O mar é meu mundo.
Seus confins é gratificante explorar.
Navegar é meu destino,
é meu modo de aventura desfrutar,
novas energias descobrir
e com meus irmãos
a vida pelo universo repartir.
O mundo é meu mar!

 -4-

ROTA MARCADA

Navegando, navegando sem parar,
vai, barquinho, rumo ao alto mar.
Na areia da praia não é teu lugar.
Não vás aí encalhar.

Se o medo te assalta,
resiste... insiste...
É preciso prosseguir,
para as cortinas do futuro escancarar!

Teu destino, tua vida,
tua sina é navegar.
O mar te fascina.
O desafio te alucina.
A pressa te desatina.

Navegar em mar profundo,
o mais fecundo,
vai, barquinho, vai...

Triste de quem fica no cais
a olhar... a olhar...
soltando ais!...
A olhar o barco partir...
A ver o tempo passar...
A deixar a noite a cair...

Essa gente assombrada
não consegue ver o sol nascer
nem as brancas gaivotas planar,
nem a vida amanhecer,
nem o sol-pôr!...
Só lhe Resta o anoitecer.

Frágil, ágil, ligeiro,
vai, meu barquinho!
Vai para o alto mar...
Vai semear em cada mente um ideal!
Vai viver o mundo inteiro.
Vai a vida proclamar!
Vai!

Nenhum comentário:

Postar um comentário